Unindo idéias, aclarando mentes,
Num conviver alegre de amizade
Idosos demonstrando conscientes,
Todo valor dessa terceira idade
Impelida a viver ativamente.
21 Junho 1999
O texto foi lido em sessão solene finalizando seminário da UNITI
Unindo idéias, aclarando mentes,
Num conviver alegre de amizade
Idosos demonstrando conscientes,
Todo valor dessa terceira idade
Impelida a viver ativamente.
21 Junho 1999
No último encontro interpessoal no qual participei, proveitosa atividade que visa unir os grupos das várias oficinas na UNITI (Universidade da Terceira Idade) , com exposição de motivos para troca de idéias, nos foi apresentado, para análise e interpretação, o final do texto “arte de ser feliz “ de Cecília Meireles. Nele, em cada parágrafo, a escritora inicia dizendo “houve um tempo em que a minha janela se abria...” e descrevendo suas visões paisagísticas, termina, cada vez repetindo, “ e eu ficava completamente feliz”.
Freqüentando eu a UNITI desde 1999, quero dar meu testemunho nesta Jornada, em que se mostra e apresenta e a UNITI, quero, parafraseando a belíssima obra de Cecília Meireles, dizer-lhes:
- houve um tempo, desde menina, em que minha janela se abria para contemplações poéticas e compunha versos, redigia crônicas, rodeada pela família e sentia-me completamente feliz;
- houve um tempo, na juventude, em que minha janela se abria para espalhar ensinamentos a alunos ávidos por sabedoria e meu coração estava completamente feliz;
- houve um tempo em que minha janela se abria para a felicidade de um lar bem construído e minha alma ficava completamente feliz;
- houve um tempo em que de minha janela, com amargura, me vi sem incentivo pela perdas, de mãe, do marido e do pai , com filhos buscando seus próprios rumos, e então, soterrando minhas produções literárias, não podia e não estava feliz;
- houve um tempo porém em que de minha janela descortinei novos horizontes, conhecendo a UNITI e nela pela oficina de literatura,vi renascer minha capacidade de criar , adormecida pelas vicissitudes, e vibrando a cada inspiração, em prosa ou verso e com meus prêmios, me senti e considero que volto a ser feliz..
Concluirei com a parte final de Cecília Meireles, que nos foi apresentada: “mas quando falo dessas pequenas felicidades , que estão diante de cada janela, uns dizem que estas coisas não existem e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhá-las , para poder senti-las”.
Zilah Gonçalves Fernandes
Setembro 2002.